quinta-feira, 17 de junho de 2010

15 dicas para a Edificação Ecológica

1) Contrate um arquiteto que tenha conhecimento em arquitetura bioclimática. Esta não é uma especialização dentro do ensino de arquitetura, é ensinado em todas as escolas de graduação, é esperado que um bom profissional dê importância relevante a estes aspectos. A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos a fim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético. A seguir, propostas solicitadas por estes profissionais:
2) Aproveitamento da luminosidade natural e uso mais racional da iluminação artificial. No projeto é estudado a localização do edifício no terreno em relação a luz do sol e os ambientes internos são dispostos à esta luz conforme sua função e horários do dia em que são usados. Os tipos de janelas(ou outras aberturas) locados corretamente, viabilizam a quantidade certa de luz evitando excesso de calor e economia de luz artificial durante o dia.
3) Proteção térmica das fachadas. Brises (aquelas ripas de metal ou madeira, comuns hoje em dia) e varandas, são grandes aliados em nossa região para manter uma edificação fresca, evitando o uso do ar-condicionado.
4) Proteção térmica nas coberturas. Outra arma para manter os espaços internos com temperaturas agradáveis sem gastos de energia. No caso de telhas que não são cerâmicas(as mais indicadas para diminuir temperaturas) , existem mantas térmicas que ajudam a reter o calor .Os mais ousados têm proposto telhados verdes, com vegetação sobre a laje; isto porém requer alguma tecnologia contra infiltrações.
5) Ventilação natural. O aproveitamento dos ventos dominantes em relação as aberturas, também reduzem o aquecimento não favorável. Uma ventilação cruzada, em que o vento fresco entra por uma janela e o ar quente gerado no interior saia por outro, é bastante recomendada! Mais uma vez buscando evitar o uso de ventiladores ou ar-condicionado.
6) Aquecimento solar de água. Popular entre os brasileiros, esse recurso ganhou ainda mais força quando algumas prefeituras tornaram obrigatório o uso de energia solar em sistemas de aquecimento de pelo menos 40% da água em novas edificações com quatro banheiros ou mais por unidade. O crescimento poderia ser maior se não fosse a frustração das pessoas que por desconhecimento ou falta de capacitação técnica instalaram errado o sistema. É comum encontrar coletores embaixo de árvores ou voltados para a face sul, a menos ensolarada. O caminho é procurar empresas e mão-de-obra associadas à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Quanto ao preço, a implantação do sistema acrescenta de 0,5 a 1% do valor da obra, que se paga em até cinco anos, segundo Carlos Faria, diretor da Abrava.
7) Aproveitamento das águas de chuva e contenção de enchentes. A água captada pela calha segue para um filtro, eliminando folhas e detritos. Armazenada numa cisterna, é protegida da luz e do calor para evitar a proliferação de fungos e bactérias. Uma bomba direciona a água limpa até a caixa. O sistema da rede pública, se destina a torneiras de banheiros e cozinha e chuveiros.Enquanto a água da chuva pode ser usada para caixas de vaso sanitário,lavagem de roupas e torneiras externas. Antes da instalação, porém, recomenda-se levantar os índices pluviométricos do local e da capacidade de captação do telhado para dimensionar os equipamentos (de 3 a 5 mil reais). “O sistema de armazenamento é uma forma complementar e bem elaborada capaz de reter a água da chuva, que, quando não aproveitada para irrigação ou limpeza, é posteriormente liberada no solo por onde penetra e reabastece o lençol freático. O funcionamento é semelhante ao do “piscinão”: impede a enxurrada de chegar nas ruas e no sistema de drenagem, que não comportaria o volume excessivo. “, afirma Jack Sickermann, especialista no assunto.
9) Reúso da água do banho para vaso sanitário. Como fazer? Resposta: Desviar a água do ralo do box para um reservatório passando por filtros e tratamentos para depois reutilizar essa água nos vasos sanitários. Para isso muitos projetos e muitas variáveis poderão ser feitos. Essa é uma opção para uma reforma onde não se tem espaço para o reservatório de águas da chuva.
10) Torneiras economizadoras. Metais sanitários com redutores de vazão, arejadores e sensores de presenças garantem o conforto do usuário com o consumo mínimo de água.
11) Bacias sanitárias com caixa acoplada. Alguns modelos vem com duas opções de fluxo(3 ou 6 litros) rendem economia de até 60% no consumo anual.
12) Sensores de presença. Nas áreas comuns, eles acionam lâmpadas quando alguém se aproxima. No restante do tempo, os ambientes dispensam luz artificial e reduzem gastos desnecessários.Muito usados em corredores, hall de apartamentos e sanitários.
13) Medidores individuais. Em edifícios e condomínios, quem mora sozinho não precisa mais pagar uma conta tamanho família. Os equipamentos que medem o consumo de água e gás por unidade ajudam na conscientização dos moradores, quando a conta vem muito alta a família acaba adotando medidas de contenção!!
14) Elevadores econômicos. Alguns modelos contam com motores de alto desempenho,que são mais eficientes no consumo de energia e colaboram na redução dos custos do condomínio.
15) Coleta Seletiva. Para incentivar os moradores a separar os materiais recicláveis, alguns empreendimentos oferecem uma triagem do lixo, que é encaminhado a empresas recicladoras. Neste caso, a colaboração do poder público na coleta seria de suma importância!

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