segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dicas básicas para um edifício sustentável

Quando se fala em edifício sustentável muitos já pensam em técnicas sofisticadas, mas há premissas básicas que qualquer obra moderna deveria atender, desde a compra do terreno até a construção, passando pela arquitetura. Veja esta lista de sugestões para criar um edifício mais sustentável, economizando ao mesmo tempo em que o meio ambiente também agradece.

Localização urbana -- A posição de um edifício em relação ao sol e aos ventos é muito importante e vai determinar várias das necessidades térmicas dos espaços internos. Há inclusive normas específicas para determinar o quanto de energia térmica cada fachada recebe ao longo dia em cada estação do ano.

Circulação na região -- Devem ser preferidos locais arejados, com pouco trânsito e bem servidos em termos de transportes públicos. Com isto, haverá menos poluição e melhores alternativas de locomoção.

Orientação e insolação -- A energia solar é importante, mas na medida certa. Aqui no hemisfério Sul, o ideal é ter os ambientes nobres voltados para a face norte, que são frias no verão e quentes no inverno.

Proteção contra o sol -- Devem ser planejadas proteções nas janelas voltadas para que não recebam tanto sol no Verão. Pode-se usar varandas, brise-soleils, persianas ou vegetação.

Proteção contra ventos frios -- O lado Sul da habitação deve ser reservado a ambientes transitórios como banheiros, despensas, cozinhas e outros cômodos que necessitem de poucas aberturas para o exterior. Aqui no Brasil, especialmente na região Sul e Sudeste, o vento frio vem predominantemente do sul, e deve-se prever proteções como vegetação ou muros caso não se possa usar esta face para os ambientes já citados. Com isto diminui-se a necessidade de calefação.

Fachadas -- Áreas envidraçadas causam grandes ganhos térmicos na estação quente e perdas térmicas muito consideráveis durante a estação fria, o que implica sistemas de climatização adicionais para corrigir o efeito. Como sugestão, a área envidraçada de um ambiente não deve ultrapassar 15% de sua área de pavimento.

Iluminação natural -- Prefira áreas iluminadas naturalmente para minimizar o uso de iluminação artificial.

Lâmpadas adequadas -- Opte por lâmpadas de baixo consumo e procure usar iluminação localizada, colocando luz só onde seja de fato necessária.

Eletrodomésticos de baixo consumo -- No que diz respeito ao consumo de energia, use os aparelhos mais eficientes que puder adquirir. Note que, ao contrário do que se pensa, nem sempre os mais eficientes são necessariamente os mais caros.

Cuide do isolamento térmico -- Fator determinante para evitar perdas de calor no Inverno e ganhos de calor no Verão, a idéia é manter uma temperatura constante no interior do edifício. Preferir materiais de isolamento com um baixo índice de condutibilidade térmica (U-value) mas com baixo teor de energia incorporada (energia consumida desde a extração da matéria prima até ao produto final). Em termos de alvenaria, os tijolos de barro maciço são uma ótima opção, já que não podemos mais usar paredes de taipa de pilão como nossos colonizadores...

Caixilhos e vidros -- Em termos de conservação de energia, preferência para vidros são fabricados de forma a promover redução da transmissão térmica. Vidros duplos são indicados do ponto de vista de conservação de energia, mas é conveniente usar caixilhos com grelhas de ventilação, para facilitar a renovação do ar sem a necessidade de exaustão mecânica.

Materiais de construção -- Prefira os de baixo impacto ambiental, não só na sua produção mas também ao longo da sua vida útil. Informe-se sobre a questão da reciclagem, prefira aqueles vindos de processos que utilizem material reciclado e/ou que gerem resíduos não agressivos ao ambiente e que possam ser reciclados posteriormente.

Cobertura -- Verifique que a cobertura do edifício tenha isolamento adequado, tanto em relação ao calor adequadamente isolada (poderá fazê-lo através da FTH). Prefira um isolamento durável e resistente à água, preferencialmente colocado sobre uma camada impermeabilizada logo acima da laje.

Isolamento do solo -- No pavimento térreo e em todos os pisos que tenham contato direto com o solo, opte por materiais resistentes à água. Se a região for de clima frio, cuide do isolamento térmico também, usando materiais que evitem perdas térmicas ou então use porões ou caixões perdidos..

Ventilação -- Uma edificação com ventilação insuficiente poderá reter umidade do ar afetando o conforto e até mesmo a saúde dos habitantes. Os caixilhos devem ter dispositivos que permitam ventilação ou então deve existir um sistema de renovação mecânica de ar.

Cores -- As cores das fachadas e das coberturas influenciam diretamente o conforto térmico. Considere que as cores claras não absorvem tanto calor como as mais escuras, uma fachada branca absorver só 25% do calor do sol enquanto que a mesma fachada na cor preta pode absorver até 90% de calor.

Energia renovável -- Procure usar equipamentos que funcionem à base de energia renovável. Algumas sugestões:
Colectores solares térmicos -- Captam a energia do Sol e a transformam em calor, poupando até 70% da energia necessária para o aquecimento de água.
Painéis solares fotovoltaicos -- Por meio do efeito fotovoltaico a energia do Sol é convertida em energia eléctrica. Podem ser utilizados inclusive em locais isolados, com ou sem rede elétrica ou como sistemas ligados à rede.
Bombas de calor geotérmicas -- Sistemas que aproveitam o calor do interior da Terra para o aquecimento do ambiente.
Mini-turbinas eólicas -- Geram eletricidade a partir da energia do vento, muito usadas nos EUA e na Europa. Podem reduzir o consumo de eletricidade de 50% a 90%.
Sistemas de aquecimento a biomassa -- Pode ser utilizada, por exemplo, em sistemas de aquecimento representando importantes vantagens económicas e ambientais.

Poupe água -- Use louças sanitárias que funcionem com pouca água, e instale sistemas de regulagem do fluxo de água nas torneiras. A ecologia e seu bolso agradecem!

Use a água da chuva -- Se vai construir e tem terreno disponível, existe a possibilidade usar mini-estações de tratamento de água ou cisternas de armazenamento de águas pluviais, para posteriores utilizações em descargas não potáveis como jardim, bacias sanitárias ou lavagem de automóveis. Além de diminuir o consumo de água da rede pública, a retenção de águas pluviais dentro do lote diminui o volume de água jogado nas vias públicas, diminuindo as enchentes comuns nas áreas urbanas no Brasil.

Recicle o lixo -- Em comdomínios, preveja espaço destinado à separação de resíduos domésticos para facilitar a reciclagem.

Ao construir procure adotar ao menos algumas destas posturas. É muito mais caro reformar um edifício com novos princípios do que aplicá-los logo a partir do projeto. A redução de consumo de energia e a diminuição de resíduos lançados no meio ambiente beneficia a todos, inclusive o proprietário do imóvel.

Jardins verticais

As “paredes verdes”, ou jardins verticais, são paredes cobertas por vegetação semelhantes aos “tetos verdes“. Entre as vantagens apontadas pelo uso desse recurso arquitetônico-ecológico estão a diminuição da temperatura interna durante o verão e a não necessidade de repintura.



Casas do futuro


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Casas de papelão (Cardboard Houses) poderão ser utilizadas futuramente como moradia provisória enquanto sua casa estiver em reforma ou em construção. A casa pode ser “construída” por apenas duas pessoas em apenas seis horas. Ela não é somente fácil de ser erguida mas é também portátil. Pela demonstração de que somos capazes de reciclar 100% dos componentes a um custo extremamente baixo, a Cardboard House é um desafio direto à indústria de construção na redução dos custos ambientais.

Alguns ganhos ambientais apresentados pelos arquitetos responsáveis pelo desenvolvimento da casa:

  • utilização de 85% de materiais reciclados
  • todos os materiais são 100% recicláveis
  • extremo baixo custo, transportabilidade e flexibilidade
  • a reciclagem da casa economiza 12 metros cúbicos de aterro sanitário, 39 árvores e 30.000 litros d’água
  • autonomia para a construção: utiliza somente baterias de 12 volts ou pequenas células fotovoltaicas para geração de energia
  • sistema de compostagem produz água rica em nutrientes para rega de jardim

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Dicas de Construção e Habitação Sustentável

Uso eficiente de energia

1. Especificação de equipamentos com menor
consumo e melhor eficiência possível na utilização
do gás natural para todos os fins;
2. Iluminação de baixo consumo energético nas
áreas comuns de uso contínuo, e iluminação
“incandescente” com acionadores por sensor
de presença nas áreas de uso esporádico ou
intermitente. Este princípio, com maior tolerância,
também é válido para as unidades privadas;
3. Planejamento do consumo energético e
utilização de equipamentos para gerar energia
em períodos de pico;
4. Melhor aproveitamento possível da iluminação
natural, levando-se em conta a necessidade do
seu controle;
5. Melhor condição de conforto térmico evitando
a incidência da radiação solar direta através da
adoção de soluções arquitetônicas tipo brisessoleil,
venezianas, telas termo-screen externas,
prateleiras de luz, vidros especiais que dispensam
o uso de brises etc.;
6. Implementação e otimização de ventilação
natural;
7. Adoção preferencial de acabamentos claros
nas áreas de grande incidência de luz solar;
8. Tratamento das coberturas do edifício
analisando a possibilidade de implementação
de áreas verdes ou, caso esta solução não seja
possível, utilizar pinturas reflexivas para diminuir
a absorção de calor para o edifício;
9. Uso de soluções alternativas de produção de
energia como a eólica ou a solar, de acordo com
as condições locais. A indústria brasileira está se
tornando cada vez mais forte na produção de
equipamentos para estes fins, tornando viáveis
estes projetos.
Uso efi ciente de água
1. Captação, armazenamento e tratamento de
águas pluviais para reutilização na irrigação,
limpeza, refrigeração, sistema de combate
a incêndio e demais usos
permitidos para água não
potável;
2. Utilização de bacias
acopladas e válvulas
especiais com o
fluxo opcional por
descarga, ou de
sistemas a vácuo;
3. Reaproveitamento
das águas de
lavagem, com
tratamento local,
para utilização
sanitária;
4. Utilização de torneiras com acionamento
eletrônico ou temporizador por pressão em todas
as aplicações passíveis.
Uso de materiais certifi cados e renováveis
1. Maximização na especificação de materiais
sustentáveis objetivando o maior volume possível
de utilização de materiais certificados, de manejo
sustentável e recicláveis;
2. Planejamento para maior durabilidade possível
nas especificações visando alta performance e
evitando obsolescência prematura;
3. Utilização de materiais cujos processos de
extração de matérias primas, beneficiamento,
produção, armazenamento e transporte causem
menor índice de danos ao meio ambiente e não
estejam baseados em condições de trabalho
indignas para os operários.
Nove princípios da Construção Sustentável
Segundo os sistemas de certificação que são
referência na área de construção sustentável
no mundo - BREEAM (Inglaterra), Green Star
(Austrália), LEED (Estados Unidos) e HQE
(França), existem nove princípios que norteiam
as diretrizes de uma obra que se proponha a ser
ambientalmente equilibrada. São eles:
1. Planejamento Sustentável da Obra
2. Aproveitamento passivo dos recursos
naturais
3. Eficiência energética
4. Gestão e economia da água
5. Gestão dos resíduos na edificação
6. Qualidade do ar e do ambiente interior
7. Conforto termo-acústico
8. Uso racional de materiais
9. Uso de produtos e tecnologias
ambientalmente amigáveis

A moderna construção sustentável

A moderna Construção Sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo humano, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações futuras.


A Construção Sustentável faz uso de ecomateriais e de soluções tecnológicas e inteligentes para promover o bom uso e a economia de recursos finitos (água e energia elétrica), a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar no ambiente interno e o conforto de seus moradores e usuários. Esse tipo de construção nunca é intuitiva. Mesmo quando emprega produtos ou processos artesanais (por ex. paredes de adobe ou taipa de pilão), o faz conscientemente, buscando o sucesso ambiental integral da obra, e não apenas uma construção.

Trata-se de um modelo diferente da Construção Ecológica ou Natural, que, grosso modo, pode ser definida como aquela que permite a integração entre homem e natureza, com um mínimo de alteração e impactos sobre o meio ambiente. A construção ecológica, à maneira das habitações de outros seres vivos (castores, abelhas, formigas), usa recursos naturais locais de maneira integrada ao meio e, quase sempre, instintiva e intuitivamente. É o caso das habitações indígenas, das construções de terra pré-islâmicas nos países árabes e dos iglús, dos esquimós. Esse tipo de habitação ?que ainda responde por mais da metade das habitações no planeta- é praticamente impraticável nos modernos centros urbanos, onde a heterogeneidade de povos e culturas e o estilo de vida e produção exigem materiais oriundos de lugares distantes e uma construção civil executada por profissionais da área.

Como denominador comum, construção sustentável e ecológica têm o fato de gerarem habitações que preservem o meio ambiente e de buscarem soluções locais para problemas por elas mesmas criados. A Construção Sustentável difere da Ecológica por ser produto da moderna sociedade tecnológica, utilizando - ou não - materiais naturais e produtos provenientes da reciclagem de resíduos gerados pelo seu próprio modo de vida.

Tipos de Construção Sustentável


Os principais tipos de Construção Sustentável resumem-se, praticamente, a dois modelos: a) construções coordenadas por profissionais da área e com o uso de ecomateriais e tecnologias sustentáveis modernos, fabricados em escala, dentro das normas e padrões vigentes para o mercado; e b) sistemas de autoconstrução (que incluem diversas linhas e diretrizes), que podem ou não ser coordenados por profissionais (e por isso são chamados de autoconstrução). Incluem grande dose de criatividade, vontade pessoal do proprietário e responsável pela obra e o uso de soluções ecológicas pontuais (para cada caso).

- Construídas com materiais sustentáveis industriais - Construções edificadas com ecoprodutos fabricados industrialmente, adquiridos prontos, com tecnologia em escala, atendendo a normas, legislação e demanda do mercado. É a mais viável para áreas de grande concentração urbana, porque se inserem dentro do modelo sócio-econômico vigente e porque o consumidor/cliente tem garantias claras, desde o início, do tipo de obra que estará recebendo. Raras vezes quem opta por este tipo de construção - clientes de médio e alto padrão- utiliza soluções artesanais ou caseiras.

- Construídas com resíduos não-reprocessados (Earthship), reuso de materiais de origem urbana, tais como garrafas PET, latas, cones de papel acartonado, etc. Comum em áreas urbanas ou em locais com despejo descontrolado de resíduos sólidos, principalmente onde a comunidade deve improvisar soluções para prover a si mesma a habitação. É também um modelo criativo de Autoconstrução, que ocorre muito nas periferias dos centros urbanos ou junto a profissionais com espírito criativo.

- Construídas com materiais de reuso (demolição ou segunda mão). Esse tipo de construção incorpora produtos convencionais e prolonga sua vida útil, e requer pesquisa de locais para compra de materiais, o que reduz seu alcance e reprodutibilidade. Este sistema construtivo emprega, em geral, materiais convencionais fora de mercado. É um híbrido entre os métodos de Autoconstrução e a construção com materiais fabricados em escala, sendo que estes não são sustentáveis em sua produção.

- Construção alternativa. Utiliza materiais convencionais, encontrados no mercado, conferindo-lhes funções diferentes das originais. É um dos modelos principais no seio das comunidades carentes. Exemplo: aquecedor solar que utiliza peças de forro de PVC como painel para aquecimento de água e caixa dágua comum como boiler. Sistema de Autoconstrução que se assemelha muito ao Earthship.

- Construções naturais. Faz uso de materiais naturais disponíveis no local da obra ou adjacências (terra, madeira, bambu, etc.), utilizando tecnologias sustentáveis de baixo custo e dispêndio energético. Exs.: tratamento de efluentes por plantas aquáticas, energia eólica por moinho de vento, bombeamento de água por carneiro hidráulico, blocos de adobe ou terra-palha, design solar passivo. Método construtivo adequado principalmente para áreas rurais ou quando se dispõe de áreas que permitam boa integração com elemento vegetal, nas quais haja pouca dependência das habitações vizinhas e dos fornecimentos (água, luz, esgoto) pelo Poder Público. Sistema que se insere nos princípios da Autoconstrução (caso da Permacultura).

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tijolo Ecológico ou Tijolo Modular de Solo-Cimento

http://www.paulorandow.com.br/ecologica/fotos/tijoloecologicol.jpgO TIJOLO ECOLÓGICO é muito mais do que um simples tijolo que preenche a estrutura de uma parede.

Com suas características físicas ele proporciona economia, estabilidade estrutural, harmonia e beleza campal, fazendo com que sua casa se torne um local gostoso, relaxante e seguro.

Por eliminar o desperdício de material típico de uma obra comum, além de minimizar o tempo e custo de mão-de-obra, o método do tijolo modular permite a realização do sonho de construir a casa própria rapidez e menor custo.

Com 3 formatos diferentes: tijolo inteiro, meio tijolo e canaleta; a casa pode ser construída formando uma cadeia de vetores que se fortalecem, fixando as portas, janelas e paredes, permitindo a inserção da rede elétrica, hidráulica, tv a cabo, telefone e interfone dentro de seus furos, agilizando ainda mais a construção.


CARACTERÍSTICAS:

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O tijolo ecológico é fabricado em prensa manual ou hidráulica, sofrendo pressão equivalente a 6 toneladas, que tornam sua forma regular, com faces lisas, permitindo um encaixe perfeito, facilitando o cálculo de unidades a ser empregada em cada parede e em toda a obra, sem haver necessidade de corte do tijolo.

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Devido suas faces lisas e seu duplo encaixe, as paredes mantém um perfeito nivelamento e belo acabamento, oferecendo beleza estética a construção.

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Sua arquitetura dispensa a utilização de pregos, arames, madeiras, além de evitar fortes na parede pronta para embutir a rede hidráulica, elétrica e outras.

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Funciona com um sistema térmico e acústico, permitindo que o ar dentro dos furos ao ser aquecido pelo sol, sofra o deslocamento para cima, e ao esfriar retorne para baixo. diminuindo a umidade nas paredes.

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Os encaixes foram desenvolvidos para ampliar a resistência da estrutura, além de facilitar a sua colocação e diminuir drasticamente o tempo de conclusão da obra.

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Devido suas faces lisas e belas, não há necessidade de reboco e permite assentamento de azulejos e outros acabamentos, quando desejado.

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O cimento é utilizado em pequena quantidade na construção com o tijolo modular, além das colunas e vigas serem realizadas facilmente utilizando os furos e as canaletas.

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O Tijolo Ecológico Modular foi aprovado e regulamentado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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A construção com tijolo modular favorece uma obra limpa, com menor entulho e perda de material.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Exemplo de construção sustentável

Bed Zed, um condomínio habitacional e de escritórios, localizado em Londres, que funciona com baixo consumo de energia e auto-sustentabilidade. Características do Bed Zed (hsw):
  • Uso de placas fotovoltáicas para geração de energia
  • Miniestação geradora de energia a base de lascas de madeira.
  • 50% da água são tratadas, purificadas e reutilizadas.
  • Coberturas verdes.
  • Postos de abastecimento para carros elétricos.
  • Localização do projeto próxima a boa infra-estrutura de transportes.
  • Iluminação bem aproveitada.
  • Ventilação bem elaborada, evitando o uso de ar-condicionado.
  • Uso de materiais reciclados, reaproveitados e de fontes próximas ao local.
  • Equipamentos sanitários com baixo consumo de água.
  • Eletrodomésticos ecológicos.
  • Coleta de lixo reciclável

Sistemas e Materiais Ecológicos:

1- argamassas ecológicas;
2- blocos cerâmicos e blocos de concreto reciclado;
3- cal obtida sem emissão de gás carbônico;
4- cimentos fabricados com resíduos industriais;
5- colas de base d'água;
6- base vegetal e sem odor;
7- energia eólica;
8- energia solar;
9- mini-estações de tratamento e reúso de água e esgoto;
10- painéis divisórios reciclados e de resíduos vegetais;
11- paisagismo sustentável;
12- pisos ecológicos;
13- resinas ecológicas e à base de água;
14- sistemas de captação e aproveitamento de água de chuva;
15- sistemas para controle e gestão dos resíduos domésticos;
16- telhas e cumeeiras recicladas;
17- tijolos sustentáveis;
18- tintas atóxicas;
19- tubos e conexões de plástico atóxico ( sem PVC) e de plástico reciclado;
20- vernizes ecológicos.

Algumas Eco-Técnicas

CASCAJES

São tetos feitos de painéis abobadados com uma largura de 50 cm e podem cobrir um vão de até 4 metros. Alem de ser pré-fabricado, este sistema de ferrocimento tem a vantagem de economizar material básico, cimento, pois os painéis são muito finos, com um pouco mais de 1 cm de espessura, engrossando até uns 3 cm nos cantos. As cascajes podem ser usadas tanto como tetos ou como lajes para poder fazer a casa em vários estágios depois. Neste caso o teto vira laje sem mexer com a estrutura, só precisa nivelar os vales entre as curvas.

CASA PRÉ-MOLDADA
É uma casa construída com todos os elementos pré-moldados, utilizando-se a técnica do plasto com exceção das paredes que são construídas de forma tradicional, ou seja, de pau-a-pique ou tijolos.

CAIXA D’ ÁGUA
Pode ser construída com a técnica dos plastos. Sendo assim, sua resistência e durabilidade estão relacionadas com a configuração, ou seja, com a forma que as placas de cimento serão montadas.

PLASTO
É uma técnica que substitui a argamassa armada - também conhecida como ferrocimento - pois utiliza na sua produção tela de fachada no lugar da tela de galinheiro, construindo finas placas pré-moldadas (12mm de espessura). Com essas placas são montadas caixas d’água, escadas, filtros, móveis e lajes.

BASON
E um sanitário seco que substitui o tradicional vaso sanitário, onde inclusive deve-se jogar os restos orgânicos domésticos. Todo esse material sofre o processo biológico da compostagem aeróbica e se transforma em adubo.

FILTRO BIOLÓGICO
Tem por finalidade filtrar a água da chuvas, nascentes e açudes. A passagem lenta da água pela areia permite, após três dias, que se forme sobre a superfície de areia, uma camada de limo que fará a filtragem fina. Este limo é um eficiente filtro biológico que trabalha retendo e digerindo microorganismos nocivos por ventura existentes na água.

SILOS
São uma construção impermeável que tem por finalidade armazenar cereais. São construídos com argamassa e sacos de plástico, através de uma técnica chamada plasto, adquirindo a forma de uma bola de futebol. Os silos de plasto também podem ser usados como caixa de água e basta, para isso, reforçar a base com apoios feitos com tijolos. Pode-se armazenar assim uns dois mil litros.

Diretrizes para uma construção sustentável

  • Pensar em longo prazo o planejamento da obra
  • Eficiência energética
  • Uso adequado da água e reaproveitamento
  • Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais
  • Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas
  • Gestão dos resíduos sólidos. Reciclar, reutilizar e reduzir
  • Conforto e qualidade interna dos ambientes
  • Permeabilidade do solo
  • Integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.
Dicas da Arquitetura Bioclimática de acordo com o clima (hsw):

clima temperado clima tropical úmido clima tropical seco


15 dicas para a Edificação Ecológica

1) Contrate um arquiteto que tenha conhecimento em arquitetura bioclimática. Esta não é uma especialização dentro do ensino de arquitetura, é ensinado em todas as escolas de graduação, é esperado que um bom profissional dê importância relevante a estes aspectos. A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos a fim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético. A seguir, propostas solicitadas por estes profissionais:
2) Aproveitamento da luminosidade natural e uso mais racional da iluminação artificial. No projeto é estudado a localização do edifício no terreno em relação a luz do sol e os ambientes internos são dispostos à esta luz conforme sua função e horários do dia em que são usados. Os tipos de janelas(ou outras aberturas) locados corretamente, viabilizam a quantidade certa de luz evitando excesso de calor e economia de luz artificial durante o dia.
3) Proteção térmica das fachadas. Brises (aquelas ripas de metal ou madeira, comuns hoje em dia) e varandas, são grandes aliados em nossa região para manter uma edificação fresca, evitando o uso do ar-condicionado.
4) Proteção térmica nas coberturas. Outra arma para manter os espaços internos com temperaturas agradáveis sem gastos de energia. No caso de telhas que não são cerâmicas(as mais indicadas para diminuir temperaturas) , existem mantas térmicas que ajudam a reter o calor .Os mais ousados têm proposto telhados verdes, com vegetação sobre a laje; isto porém requer alguma tecnologia contra infiltrações.
5) Ventilação natural. O aproveitamento dos ventos dominantes em relação as aberturas, também reduzem o aquecimento não favorável. Uma ventilação cruzada, em que o vento fresco entra por uma janela e o ar quente gerado no interior saia por outro, é bastante recomendada! Mais uma vez buscando evitar o uso de ventiladores ou ar-condicionado.
6) Aquecimento solar de água. Popular entre os brasileiros, esse recurso ganhou ainda mais força quando algumas prefeituras tornaram obrigatório o uso de energia solar em sistemas de aquecimento de pelo menos 40% da água em novas edificações com quatro banheiros ou mais por unidade. O crescimento poderia ser maior se não fosse a frustração das pessoas que por desconhecimento ou falta de capacitação técnica instalaram errado o sistema. É comum encontrar coletores embaixo de árvores ou voltados para a face sul, a menos ensolarada. O caminho é procurar empresas e mão-de-obra associadas à Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Quanto ao preço, a implantação do sistema acrescenta de 0,5 a 1% do valor da obra, que se paga em até cinco anos, segundo Carlos Faria, diretor da Abrava.
7) Aproveitamento das águas de chuva e contenção de enchentes. A água captada pela calha segue para um filtro, eliminando folhas e detritos. Armazenada numa cisterna, é protegida da luz e do calor para evitar a proliferação de fungos e bactérias. Uma bomba direciona a água limpa até a caixa. O sistema da rede pública, se destina a torneiras de banheiros e cozinha e chuveiros.Enquanto a água da chuva pode ser usada para caixas de vaso sanitário,lavagem de roupas e torneiras externas. Antes da instalação, porém, recomenda-se levantar os índices pluviométricos do local e da capacidade de captação do telhado para dimensionar os equipamentos (de 3 a 5 mil reais). “O sistema de armazenamento é uma forma complementar e bem elaborada capaz de reter a água da chuva, que, quando não aproveitada para irrigação ou limpeza, é posteriormente liberada no solo por onde penetra e reabastece o lençol freático. O funcionamento é semelhante ao do “piscinão”: impede a enxurrada de chegar nas ruas e no sistema de drenagem, que não comportaria o volume excessivo. “, afirma Jack Sickermann, especialista no assunto.
9) Reúso da água do banho para vaso sanitário. Como fazer? Resposta: Desviar a água do ralo do box para um reservatório passando por filtros e tratamentos para depois reutilizar essa água nos vasos sanitários. Para isso muitos projetos e muitas variáveis poderão ser feitos. Essa é uma opção para uma reforma onde não se tem espaço para o reservatório de águas da chuva.
10) Torneiras economizadoras. Metais sanitários com redutores de vazão, arejadores e sensores de presenças garantem o conforto do usuário com o consumo mínimo de água.
11) Bacias sanitárias com caixa acoplada. Alguns modelos vem com duas opções de fluxo(3 ou 6 litros) rendem economia de até 60% no consumo anual.
12) Sensores de presença. Nas áreas comuns, eles acionam lâmpadas quando alguém se aproxima. No restante do tempo, os ambientes dispensam luz artificial e reduzem gastos desnecessários.Muito usados em corredores, hall de apartamentos e sanitários.
13) Medidores individuais. Em edifícios e condomínios, quem mora sozinho não precisa mais pagar uma conta tamanho família. Os equipamentos que medem o consumo de água e gás por unidade ajudam na conscientização dos moradores, quando a conta vem muito alta a família acaba adotando medidas de contenção!!
14) Elevadores econômicos. Alguns modelos contam com motores de alto desempenho,que são mais eficientes no consumo de energia e colaboram na redução dos custos do condomínio.
15) Coleta Seletiva. Para incentivar os moradores a separar os materiais recicláveis, alguns empreendimentos oferecem uma triagem do lixo, que é encaminhado a empresas recicladoras. Neste caso, a colaboração do poder público na coleta seria de suma importância!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

JARDIM SUSPENSO / BIOTELHADO / TELHA SEMPRE VIVA


  • Qualidade arquitetônica
  • Alta performance termo-acústica
  • Redução do efeito "ilha de calor", da poluição do ar e das enchentes
  • Seqüestro de carbono
  • Manutenção fácil e segura
  • Filtragem da água de chuva (retém metais pesados e químicos dissolvidos)
  • Valorização do imóvel
  • Aumento da área de lazer
  • Não atrai insetos e animais indesejados
  • Plantas resistentes a seca e de baixa manutenção
  • Projeto de paisagismo p/ cultivos ou outras plantas


MODELOS


JARDIM SUSPENSO


Sistema intensivo para uso da laje com trânsito de pessoas, pode receber diversos tipos de plantas. Modelo Standard, super leve, e Premium, com reservatório interno de água. Inclinação mínima de 2% e máxima de 15%, estrutura deve suportar no mínimo 65 Kg/m².





BIOTELHADO


Trânsito somente para manutenção. Sistema modular pré-cultivado com suculentas de forração e biodegradável. Módulos com 0,50 x 0,40 x 0,05 cm. Modelo Standard, super leve, e Premium, com reservatório interno de água. Inclinação mínima de 2% e máxima de 25%, estrutura deve suportar no mínimo 65 Kg/m².



Biotelhado


TELHA SEMPRE VIVA

Sistema modular integrado, pré-cultivado com suculentas de forração, trânsito somente para manutenção. Base de PEAD 100% reciclada com reservatório de água e drenos, medindo 0,50 x 0,40 x 0,09 cm. Inclinação mínima de 2% e máxima de 75%, estrutura deve suportar no mínimo 80 Kg/m². Temos módulos com gramíneas, que permitem certa circulação e apoio de cadeiras de praia, demanda irrigação e manutenção constante.



Telha Sempre Viva

PRÉ-REQUISITOS GERAIS
  • Laje ou telhado impermeabilizado e estanque
  • Drenagem dimensionada em função da área do telhado
  • Bocais dos drenos com proteção para passagem livre da água
  • Inclinação e estrutura (carga) necessárias estão indicadas caso a caso acima

ORÇAMENTOS

Para elaboração de propostas necessitamos saber qual modelo deseja, área e cidade. Caso seja Jardim Suspenso, precisamos saber se deseja plantas suculentas ou outras, que envolvam projeto de paisagismo, e devemos receber e analisar o projeto da cobertura, com a indicação correta da área que receberá cobertura verde.

domingo, 13 de junho de 2010

6 idéias para uma casa ecológica






1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO
Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores
Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum
Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra

2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM
Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar
o solo nem o ambiente de onde foi retirada
Quanto custa*: 2 500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação
Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração

3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA
Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica
Quanto custa*: 5 000 reais
Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico

4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA
Por que é ecológico
: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária
à família vem desse sistema
Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados)
Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar
na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um
item mais escasso - e caro

5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza
da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber)
Quanto custa*: 6 000 reais
Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro

6. LÂMPADA FLUORESCENTE
Por que é ecológica
: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais
Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comuns Comentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia